Dra Ana Paula Pasin Boger
CRM/SC 15987
A dor no abdome corresponde de 5 a 10% das consultas de emergência. É um desafio frequente do ponto de vista médico, pois o diferencial é amplo, desde casos benignos até fatais. As causas podem ser clínicas, cirúrgicas, abdominais ou extra-abdominais.
Esta enfermidade é frequente em todos os grupos de idade, porém, o pico de incidência é de 18 a 24 anos e tem uma leve predominância no sexo feminino. 30 a 70% dos casos são não cirúrgicos, inclusive a dor abdominal não específica é a causa mais comum (de 30 a 40%). Já a causa cirúrgica mais comum é a apendicite.
A dor abdominal pode não ser causada por uma doença subjacente. Algumas dessas causas são: prisão de ventre, gases, alimentação em excesso, estresse ou tensão muscular. E a abordagem inicial é justamente centrada em diferenciar a doença funcional benigna da patologia orgânica. Nos casos benignos ou funcionais, os estudos laboratoriais devem ser normais. Sugere doença orgânica: perda de peso, febre, sangramentos, anemia, sinais de desnutrição.
A dica de hoje é: se a pessoa com dor abdominal possuir sinais clínicos de gravidade tais quais: febre, dor intensa, sudorese, vômitos, suspeita de gravidez, sinais vitais instáveis como alteração da pressão arterial e da frequência cardíaca e/ou for maior de 50 anos, deve procurar atendimento médico imediatamente.
|