Outubro é o mês dedicado à conscientização para prevenir e combater o câncer de mama – tipo que mais atinge as mulheres no Brasil e no mundo. No entanto, ainda existem barreiras que atrapalham o diagnóstico precoce da doença: desde a falta de informação, até aspectos culturais e dificuldade no acesso a exames, como a mamografia e ultrassom da mama.
Moradora de Tijucas, a manicure Mariani Barboza de Oliveira Silvino está cerca de um ano à espera de um exame. Foi ao médico por sentir uma alteração em uma das mamas. Foi, então, pedido a realização de um ultrassom. Solicitou o exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, até agora, não foi chamada para a realização do ultrassom. “Eu tenho sentido muitas dores, procuro eles e nada de conseguir. Estou cada vez mais preocupada. É muito bonito ver as ações do Outubro Rosa, mas sem exames não tem como haver prevenção”, reclama. Ela diz que, se tivesse condições, já teria feito o que outras mulheres acabam fazendo: pagaria o exame particular.
A reportagem entrou em contato com o Município e foi informada que o cadastro dos exames solicitados é feito por um sistema do Estado. No entanto, não puderam fazer um levantamento de possível fila de espera para estes exames em Tijucas, pois a responsável pelo setor estava de atestado.
Quais são os sinais e sintomas do câncer de mama?
- Caroço (nódulo) fixo e geralmente indolor;
- Alterações no bico do peito (mamilo);
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
- Saída de líquido anormal das mamas;
Essas alterações precisam ser investigadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama.
Quem deve fazer mamografia de rastreamento?
É recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos.
A mamografia para avaliar uma alteração suspeita na mama é chamada de mamografia diagnóstica e poderá ser feita em qualquer idade.
*Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca)
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