O tradicional rodeio que acontece na semana do município de Tijucas, no CTG Fazenda Eliane, vai ter novo endereço este ano. Vai para o CTG Fogão de Lenha, no bairro Praça. Isto porque, foi confirmado um caso de doença de mormo num cavalo que ficava na propriedade. Então, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) interditou a área. O animal já foi sacrificado. Outros nove estão sendo investigados – mas a lista de cavalos sob suspeita pode chegar a 30.
João Carlos Batista dos Santos, gerente da Administração Regional da Cidasc em Itajaí, que responde por Tijucas, diz que a doença de mormo é muito preocupante. E muitos criadores, segundo ele, não têm a noção do perigo que representa. “É uma zoonose. Passa para o ser humano e pode matar! Os criadores têm que ter essa noção e serem responsabilizados”, argumenta.
O gerente do Cidasc de Itajaí conta que muitos donos de cavalo não querem fazer o exame ou identificar, caso o animal tenha sintomas da doença. “Eles têm medo de dizer por causa do valor econômico do animal. O equino era para ser um lazer, mas as pessoas confundem”, ressalta João Carlos.
De acordo com ele, mesmo quem fez o exame no animal e teve o resultado negativo para a doença, tem que entender que isso não significa imunidade. Não deve permitir que tenha contato com outros cavalos. “Depois que faz o exame e deu negativo, deixa ele paradinho. Não movimente o animal. Essas cavalgadas, por exemplo, são um perigo. Começa com 10, mas pelo caminho vão entrando outros e, quando vê, já estão em 100”, ressalta.
QUE DOENÇA É ESSA?
Os sintomas apresentados pelos cavalos são febre, fraqueza, anorexia e surgimento de feridas na mucosa nasal que viram úlceras profundas. A doença do mormo é causada por uma bactéria e é contagiosa. Pode passar do animal para os humanos através de contatos com o cocho e bebedouros contaminados, uso comum de agulhas, esporas e encilhas. Nas pessoas, a doença causa pneumonia grave e pode levar até a óbito.
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