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04 de Junho de 2015 - 14:00:58

MPF pede indenização de R$ 50 mil a tijucano

Na época estudante da Ufsc, Igor Westphal é acusado de racismo por causa de uma postagem feita no Facebook
 
 
MPF pede indenização de R$ 50 mil a tijucano

Uma imagem publicada na internet fez com que o Ministério Público Federal (MPF) ajuizasse uma ação civil pública contra um jovem de Tijucas. No fim de 2013, quando ainda era estudante do curso de Engenharia Mecânica, na Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Igor Westphal postou uma foto de um casal de negros. O homem, ajoelhado, entrega um cacho de bananas à mulher, como se fosse um buquê de flores.  Foi acusado de racismo. Agora, a Justiça deve analisar o pedido do MPF para ver se o caso vai adiante.

O procurador da República Maurício Pessutto, autor da ação, pede que Igor seja condenado pela Justiça Federal a pagar indenização, por danos morais coletivos, num valor superior a R$ 50 mil. A Ufsc também é ré na ação por ter o nome institucional vinculado à página no Facebook em que foi feita a postagem. Na época, diversos movimentos sociais repudiaram a publicação. Uma representação do Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes de Santa Catarina (Cepa), apresentada poucos dias após a postagem, levou o MPF a instaurar inquérito civil sobre o caso. Durante as apurações, o procurador da República considerou que Igor já havia publicado outras mensagens que considerou de cunho discriminatório ou racista.

Quanto ao conteúdo da postagem feita em 2013 por Igor, Pessutto argumenta que a imagem foi “em evidente conotação associativa a macacos e a sugerir inferioridade por distinção étnica/de cor”. O MPF também pede na ação civil pública que os réus sejam condenados a divulgar, no site oficial da Ufsc e em jornal de circulação estadual, a sentença judicial por, pelo menos, duas vezes. 

 

“Aquilo não era racismo coisa nenhuma”

 

DAQUI - Sua intenção, ao postar aquela imagem, era destratar a raça negra? Foi um ato racista?

Igor - Não. Eu vi aquela foto zanzando por aí no Facebook e compartilhei em um fórum de discussões, na época, pois achei que daria uma discussão interessante. Um amigo meu quis me zoar e me deixar constrangido e disse que aquilo daria processo. Ficou um clima esquisito, fiquei meio sem jeito e ri. Uma amiga minha veio pedir para eu apagar, pois tinha medo da patrulha esquerdista. Aí apaguei. Isso tudo se deu em cinco minutos. Umas doze horas depois o Nelson Mandela morreu. Aí um amigo esquerdoso veio me falar que uma mulher tinha ficado ofendidíssima por eu compartilhar aquela foto, no começo achei mentira, depois falei pra ela vir falar comigo para eu explicar que aquilo não era racismo coisa nenhuma. Uma semana depois os esquerdinhas mais caricatos da universidade estavam lá com cartazes “o capital é racista” fazendo um sensacionalismo absurdo.

 

DAQUI - A situação, principalmente na época, tomou proporções gigantes. Atrapalhou sua vida?

Igor - Sim. Pessoas próximas sofreram muito na época, pois não sabiam o que estava acontecendo. Se eu estivesse empregado, teria perdido o emprego, com certeza. Recebi um número enorme de ameaças desses palhaços metidos a revolucionários. Mas recebi o apoio e carinho de muita gente também.

 

DAQUI - Já preparou defesa para a ação civil pública ajuizada pelo MPF? Qual a sua alegação?

Igor - Ainda não. Creio que o juiz vá indeferir de pronto. Esse tipo de absurdo não consegue se sustentar sem a desinformação criada por gente má intencionada que quer ganhar poder político às custas de factoides midiáticos. Apesar de o caso não ter absolutamente nada a ver com a universidade que eu estudava, pediram esclarecimentos. Eu esclareci a situação e sequer abriram inquérito administrativo, pois era evidente que o objeto da acusação não existia.

 

 

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