Quem é responsável pela antiga sede dos Correios?

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Abandonada, a edificação chegou a ser abrigo de usuários de drogas 

Quem passa e vê abandonado o antigo prédio dos Correios, no centro de Tijucas, se pergunta: de quem é a responsabilidade? A prefeitura chegou a solicitar a cessão da edificação, anunciou ter recebido uma resposta positiva. No entanto, passados quase três anos, o prédio segue sem ter sido transferido ao Município. Um requerimento aprovado pela Câmara de Vereadores, pediu respostas. E a prefeitura informou que segue sem ter a cessão por parte dos Correios. Apesar de ter tentado por diversas vezes negociar o direito de uso do local, o domínio permanece da União. 

Em setembro de 2017 o Município chegou a informar que teria conseguido a cessão de uso do imóvel pelos próximos 20 anos. A obtenção do direito teria sido garantida após audiência com o presidente dos Correios, à época, Guilherme Campos. Em comunicado recente, no entanto, afirma o contrário. Conforme ofício encaminhado à Câmara, o prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) informa que “por diversas vezes fez tentativas a fim de negociar junto aos Correios a cessão de uso do imóvel”. Contudo, por priorizar a venda do prédio, os Correios nunca teriam transferido o direito de posse ao Município. 

Não é de hoje a preocupação sobre o antigo prédio. Abandonada, a edificação chegou a ser utilizada por usuários de drogas, situação que gerava insegurança aos cidadãos que utilizam as agências bancárias instaladas nas proximidades. Atualmente, janelas e portas do prédio foram fechadas com tijolos, mas alguns moradores de rua continuam usando a entrada da construção como abrigo. A estrutura do prédio também se encontra visivelmente abalada. Em vistoria realizada em dezembro de 2017, os técnicos da prefeitura verificaram a existência de uma série de patologias na edificação, como umidade, eflorescência e esquadrias danificadas, causadas pelo abandado e pela falta de manutenção da obra. A estimativa é de o restauro do edifício, mantendo suas características históricas, gire em torno de R$ 500 mil, conforme projeção do Município.