Já passou da hora de, ao invés de o assunto ser tratado como um tabu – em que jornais não falam por receio de promover o gatilho em outras pessoas e que a sociedade em geral trata à boca pequena, por questões culturais e/ou religiosas – o suicídio ser tratado como uma questão de saúde pública. E com urgência. Estamos perdendo boas pessoas e seguimos vendo o silêncio inerte de quem atribui a culpa a quem teve a “escolha” ao tirar a própria vida.
Não podemos perder mais ninguém. Queremos todos vivos! E não adianta esperar apenas o tal “Setembro Amarelo” para promover campanhas e tratar deste tema. O suicídio precisa entrar em pauta todos os meses – assim como o bullying e a depressão. Todas as vidas importam. E em todos os meses.
No Brasil, pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da Aids e da maioria dos tipos de câncer. Tem sido um mal silencioso – mas, que apesar de calado, está gritando em nossa cara, quando nos deparamos com vidas de pessoas de bem sendo interrompidas. De acordo com informações do site http://www.setembroamarelo.org.br/, nove em cada dez suicídios poderiam ser evitados, se os sinais apresentados pelas pessoas que tem a ideia suicida, fossem observados por quem está ao seu redor.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) é um canal que realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo voluntariamente e de forma gratuita todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone através do número 141 ou acessando www. cvv.org.br 24 horas por dia. Se precisar, vamos conversar?
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