Quem acompanhou a transmissão da sessão da última segunda-feira na Câmara de Vereadores de Tijucas, percebeu que houve algumas interrupções dos trabalhos. Motivo: acalmar os ânimos dos parlamentares. Mas o que gerou tanta discussão e debates acalorados? Infelizmente, nenhum assunto de interesse público. Apenas rixas entre parlamentares.
E assim tem sido muitas situações no Legislativo daqui. Assuntos considerados de relevância social não geram debates intensos entre os vereadores. Por vezes, há até consenso em pautas que mereciam maiores discussões. Ou, ainda, momentos de omissão em assuntos que deveriam, sim, ter manifestações pontuais dos parlamentares. Mas fato é que, apenas quando há ofensas pessoais ou que atinjam o ego, vê-se sangue nos olhos da maioria deles – nossos representantes.
Já viu notícias (ou acompanhou) alguma discussão acalorada, longa e cheia de propostas quando se entra em votação, por exemplo, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que nada mais é do que o orçamento que determina onde cada centavo dos cofres públicos municipais será aplicado no ano seguinte? Ou então, agora, com notícias frequentes da insegurança dos professores na educação infantil do município – com casos de violência e ameaças – viu alguma discussão ou debate propondo medidas para solucionar estas questões? Gritar não é vergonha. O vergonhoso é falar baixo (ou não falar) pelos motivos que realmente precisam ser ditos.
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