Circulou esta semana um vídeo de estudantes de uma escola estadual de Tijucas tendo que varrer a sala de aula onde estudam. Junto, circulou a reclamação de uma mãe, revoltada com o fato de que os alunos teriam de fazer o serviço que deveria ser executado pela escola. Mas fica aqui a pergunta (feita, inclusive, por alguém que já varreu a sala de aula quando aluno): seria esta uma ação prejudicial aos estudantes?
Analisando de forma generalizada, incentivar a realização da limpeza da própria sala de aula parece um ato que, além de disciplina, faz com que as crianças e adolescentes entendam que uma edificação pública é de todos nós e, assim sendo, a responsabilidade de zelar pelo espaço precisa ser compartilhada. Ou queremos criar pessoas que, futuramente, pensem que se tem alguém recebendo para limpar, podemos sujar. Da mesma forma que uns usam aquela velha história de que “se eu não jogar o lixo no chão, o gari não vai ter emprego”. Francamente!
Precisamos, sim, gritar pelos nossos direitos: denunciar quando nosso direito à Educação é negligenciado, com a constante falta de professores, ou de material escolar ou estrutura para as aulas; também gritar pela valorização dos profissionais educadores, que se dedicam a transmitir conhecimento e são cada vez mais destratados. Gritemos pelo que realmente seja justo gritar!
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