|
Parece mentira. Parece que os noticiários têm trazido a ficção para a realidade. Mas, infelizmente, não é. Na última quarta-feira, pela manhã, dois ex-alunos (um de 17 e outro de 25 anos) entraram armados numa escola em Suzano/SP e mataram, com disparos de armas de fogo, golpes de machado e até flechas, sete pessoas (cinco alunos e duas funcionárias). Antes tinham assassinado o tio de um deles. Depois, cometeram suicídio. Fora os feridos.
Conforme reportagem do El País, ainda que o Brasil seja um dos países mais violentos do mundo, que registrou 64.000 homicídios em 2017 (dois terços deles realizados com armas de fogo), massacres em escolas não chegam a ser comuns como nos EUA, onde o tipo de ataque é uma verdadeira epidemia que faz o país uma anomalia no mundo desenvolvido pelo número de mortes com armas de fogo — só de janeiro a maio de 2018, o país de Donald Trump havia registrado nada menos que 23 ações do tipo em escolas.
Os crimes cometidos em Suzano acontecem apenas três meses após um homem também executar uma matança na Catedral de Campinas/SP – o que acende um alerta. O caso de Suzano, ainda, guarda uma série de semelhanças com o famoso caso cometido por dois jovens na Columbine High School, nos Estados Unidos, em 1999, que deixou 13 mortos e 24 feridos. Nos dois, tratava-se de ex-alunos que usaram diferentes tipos de armas para cometer os crimes. De acordo com as primeiras informações da polícia, citadas pela GloboNews, havia registros de que os dois assassinos de Suzano procuraram na Internet por informações sobre os massacres nos EUA. Agora, fica o medo e a pergunta frequente: onde iremos parar?
|
