É indiscutível que, comparado a décadas atrás, a população de um modo geral conseguiu aumentar as expectativas de vida. No entanto, uma pauta que tem sido inevitável é o fato de nossos serviços públicos (e mesmo o privado) não estarem preparados para darem suporte a este envelhecimento da população. Já parou para pensar como estão sendo tratados nossos idosos? Seja na questão de acessibilidade na mobilidade urbana, nas oportunidades, no acesso à saúde ou, em casos não raros, ao enfrentar o abandono. Nossos idosos não são acolhidos como deveriam.
Não bastasse todos estes fatores que assustam a quem já chegou na terceira idade ou aos que sonham em viver mais, muitos questionamentos ainda aterrorizam o imaginário. A incerteza de como estará o mundo nos próximos anos e de quão preparado estará para um envelhecimento ainda maior da população. Como serão ofertadas maiores oportunidades e mais qualidade de vida aos idosos?
E os receios só aumentam. Agora, volta a discussão a temida Reforma da Previdência. E pelo jeito, não apenas será discutida, como sairá do papel e passará a valer para os próximos anos. E aí, até quando você aguentará a trabalhar? Experimente se imaginar, dentro da sua profissão, a trabalhar com as idades sugeridas pela tal Reforma da Previdência. Qual a sensação? No mínimo insegurança pelo futuro tão incerto. Que nestas discussões, nossos representantes nos representem. Ou que acordemos em tempo de gritar.
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