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Quer colaborar com brinquedos? Entre em contato pelo 48/99134-3782 (whatsapp)
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
A luta do pequeno João Pedro, de 7 anos de idade, é exemplo. Há exatos quatro meses, descobriu um tumor cerebral. Desde então, tem lutado pela vida e pela cura. Mesmo assim, ainda há espaço entre as batalhas para pensar no próximo. Junto com a mãe, propõe uma campanha para arrecadar brinquedos para serem doados às crianças em tratamento de câncer no Hospital Infantil, em Florianópolis. Vamos embarcar nesta corrente de solidariedade?
Era 9 de julho quando João Pedro acordou com forte dor de cabeça. Gritava de dor. Os pais saíram de Tijucas rumo ao hospital, em Florianópolis e, pelo caminho, o menino teve uma convulsão e perdeu a consciência. Só acordou um dia depois. Tão logo chegou ao hospital, exames já detectaram o tumor no cérebro. Precisou ser operado, colocou dreno na medula, teve de refazer nova coleta para biopsia (porque a primeira não deu certo), mais tarde precisou, em outro procedimento, colocar um dreno permanente para evitar que criasse líquido na cabeça. Foram dias de luta antes de chegar à fase da quimioterapia. Foram 32 dias internado no hospital.
“As pessoas fizeram correntes de oração. E isso foi fundamental, nós conseguíamos sentir a energia boa que chegava nesta corrente de fé”, comenta a mãe de João Pedro, a professora Marluci Hoffmann, emocionada por lembrar que, no início, foi a fé que falou mais alto para que ela acreditasse na recuperação do filho, mesmo contrariando as poucas chances que os médicos falaram inicialmente.
SEQUELAS DA DOENÇA
Com o tumor numa área tão delicada quanto o cérebro, João Pedro teve algumas sequelas – mas que luta para reverter. Chegou a ficar sem fala nos primeiros dias no hospital, quadro que logo melhorou. Mas, desde lá, ainda não anda. Faz acompanhamento com fisioterapeuta duas vezes por semana e já tem evoluído muito. Com auxílio de andador, ensaia novos passos.
A mãe conta que João Pedro tem, ainda, consulta semanal com uma psicóloga, pois estava entrando em estágio de depressão. E foi deste acompanhamento que surgiu uma ideia que trouxe novo ânimo para o menino, que progride dia após dia: criar um canal no Youtube. No canal “João Pedro Hoffmann Games” ele tem compartilhado imagens e situações do cotidiano dele e vê nisso um ânimo para fazer coisas comuns à nova rotina (como as idas ao hospital para o tratamento, ou mesmo ir ao parque brincar). “Um dia eu quero ter 50 mil likes no meu canal”, comenta, empolgado, pedindo que as pessoas entrem no Youtube e se inscrevam na página dele.
“Se eu soubesse já tinha pedido para criar há muito mais tempo. Eu faço tudo pelo meu canal”, conclui, ao ouvir a mãe dizendo que, por causa dos vídeos do canal, ele sequer reclamou da última sessão de quimioterapia que fez na primeira fase do tratamento. Dez já foram. Agora deve iniciar este mês uma nova fase de tratamento, com 12 blocos de quimioterapia.
CAMPANHA DE BRIQUENDOS
Marluci conta que, certo dia, ao ver um grupo de voluntários levando presentes para as crianças que estavam no hospital, percebeu o quanto aquele gesto mudava a rotina dos pequenos que se encontram por lá, em tratamento. Foi aí que teve a ideia de, em parceria com o Jornal DAQUI, arrecadar brinquedos para presentear as crianças que estão na luta contra o câncer, no mês que vem. Vamos ajudar a levar sorrisos para estes pequenos guerreiros? Quem estiver disposto a doar brinquedos, basta entrar em contato pelo 48/99134-3782 (whatsapp).
RELATO DE MÃE
Tudo começou no dia 9 de julho deste ano, quando tivemos a notícia de que nosso filho João Pedro estaria com um tumor cerebral. Quando nos demos conta, estávamos na UTI do Hospital Infantil. Olhei ao meu redor e percebi que, assim como nós estávamos sofrendo, haviam várias mães e pais naquela situação. A partir deste dia nossa luta começou. Foram 32 dias direto dentro do hospital e percebemos quantas crianças lutavam pela vida.
Comecei a olhar a vida com outros olhos, a fazer novas amizades e trocar experiências. Nunca me senti sozinha. Ganhamos alta e iniciamos o tratamento de quimioterapia. Lá, continuamos encontrando vários companheiros de quarto que continuavam na luta, insistentemente.
Lembro que o mês de outubro me emocionou bastante, pois é o mês de Nossa Senhora Aparecida (de quem sou devota) e o mês das Crianças. Todas as quartas-feiras passamos as manhãs no setor da Oncologia do Hospital Infantil, onde nosso guerreiro faz as sessões de quimioterapia. Teve um dia que um grupo de voluntários trouxe presentes para as crianças que lá estavam. A emoção foi grande. Sabemos que lá têm crianças de diferentes níveis sociais, mas a luta é igual para todos. Percebi o quanto aquele momento trouxe alegria para elas. Aliviou, por alguns minutos, a dor, fraqueza, fragilidade... A de nós pais, inclusive. Pois quando vimos nossos filhos felizes, automaticamente ficamos felizes.
Foi quando pensei: “posso fazer alguma coisa também!”. Então, procurei o Cláudio do Jornal Daqui – que faz várias campanhas durante todo o ano para ajudar as pessoas – e lancei a proposta da campanha dos brinquedos para o mês de dezembro e ele topou na mesma hora. Vamos, juntos, deixar um sorriso no rostinho destas crianças?
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