Por 12 anos, Quitéria dos Santos, a Kiki, morou em Tijucas. Era ajudante de cabeleireiro na cidade. Mas, teve de mudar para Brusque. Precisava de tratamento para o filho único, Pedro Henrique. O menino nasceu com síndrome de down e, depois, também foi diagnosticado com síndrome de west – uma forma de epilepsia que começa na infância. Além dos acompanhamentos médicos, o menino precisa tomar medicações caras. Kiki briga na Justiça para que o Estado garanta o fornecimento dos remédios. Enquanto isso não acontece, pede ajuda.
“Um dos remédios custa 500 reais por mês. Fora os outros medicamentos e as outras coisas que ele precisa. Além de mudar de cidade, tive que parar de trabalhar para me dedicar ao acompanhamento do meu filho”, comenta Kiki. Hoje, Pedro Henrique tem um ano e oito meses de idade. Por conta das convulsões provocadas pela síndrome de west, perdeu também a audição dos dois ouvidos.
“Entrei com processo judicial para que o Estado fornecesse a medicação. Mas não consegui. Agora estou tentando novamente, mas, enquanto isso, estou pedindo a ajuda das pessoas para garantir que ele continue tomando os remédios”, argumenta Kiki. Ela diz que, graças à medicação, Pedro Henrique já está há cinco meses sem convulsionar. E também tem demonstrado desenvolvimento em coisas que, segundo ela, poderiam ser simples para outras crianças, como segurar a própria bolacha para comer, por exemplo.
“Hoje, como tenho que me dedicar integralmente a ele, dobro camisetas em casa. Isso ajuda, mas não é sempre que este serviço aparece. Conforme ele crescer e se desenvolver, quero voltar a trabalhar”, garante a mãe de Pedro Henrique. Ela conta que já tem recebido apoio de amigos de Tijucas. Diz que toda ajuda é bem-vinda. Vai continuar a luta para assegurar o tratamento do único filho.
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