Está para completar dois anos que a capa do jornal DAQUI estampava, em preto e branco, sete cruzes, com o respectivo nome de cada vítima que havia sido assassinada nos primeiros quatro meses daquele ano, em Tijucas. Uma capa tão impactante quanto a violência. Na época, a edição contava a última daquelas mortes, o assassinato do estudante Bruno Pereira, de 19 anos.
Seguidamente, o DAQUI escreveu uma carta aberta ao governador da época, Raimundo Colombo (PSD), e postou na página do Facebook, acompanhado de uma arte que dizia: “TIJUCAS PEDE SOCORRO! Sou daqui e quero segurança”. A carta teve ecos. Pela rede social, foram mais de 1.000 compartilhamentos. Todos gritando o mesmo grito: “segurança já”!
Passados dois anos, os gritos após a morte de Bruno – como haviam sido os mesmos gritos após a morte da empresária Leandra Inez, dois anos antes – parecem ter sido ouvidos. Por quem? Não importa. Importa é vermos que a força policial foi deslocada para cá. Importa é vermos que a Secretaria de Segurança Pública percebeu que Tijucas precisava ser prioridade antes que a proporção da violência ficasse ainda mais assustadora. Importa que o Estado pareceu, enfim, ter entendido que tem a obrigação constitucional de garantir a nossa segurança.
De alguma forma, fomos ouvidos. As operações policiais estão aí, com constância. A sensação de insegurança começa a diminuir conforme aumenta a esperança de que, em breve, Tijucas estará mais pacata. Nós merecemos!
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