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CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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Vereador eleito, José Leal da Silva Junior, o Lealzinho (PSD), deixou a Câmara para assumir, no meio do ano passado, o comando da secretaria municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Pesca de Tijucas. Desde então, tem lidado com o desafio de comandar a pasta que lida com diferentes setores mas que, por vezes, tem ações integradas – principalmente quando envolve a sustentabilidade.
DAQUI – Antes de assumir a secretaria, o senhor já tinha experiência com as áreas de Agricultura, Meio Ambiente e Pesca? Qual foi o maior desafio?
Lealzinho – Sou vereador, trabalhei 28 anos no grupo Portobello e lá eu fiquei sete anos à frente de uma área de Meio Ambiente. Trago de lá um pouco de experiência no Meio Ambiente. No passado trabalhei um pouco com Agricultura, fui funcionário da Usati, trabalhei com equipamentos agrícolas. E conheço nosso município como a palma da minha mão. Foi observado que era preciso unir os órgãos estabelecidos na secretaria (Epagri, Cidasc, Icasa e Comitê da Bacia Hidrográfica) e para isto tenho minha experiência como político. Então o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) entendeu que eu poderia colaborar no comando da secretaria e eu aceitei o desafio.
DAQUI – Quais tem sido os principais trabalhos na secretaria para o fomento da Agricultura?
Lealzinho – O atendimento ao pequeno e médio agricultor, através dos equipamentos que temos disponíveis, nossos tratores. Este é um trabalho muito importante que é feito pelos nossos funcionários. Além da parte técnica, conseguimos mais um agrônomo da Epagri, através do cumprimento de um contrato que temos com eles. Uma das coisas que o agricultor mais reclamava era a condição das estradas e, então, fizemos uma parceria com o Samae e com a secretaria de Obras para que os nossos funcionários auxiliem e trabalhemos de forma sincronizada nisto. Estamos em cima direto, para que a estrutura das estradas esteja sempre em boas condições, enquanto não se tem a pavimentação.
DAQUI – O êxodo rural tem sido um fenômeno comum nos últimos anos. No interior de Tijucas, as pessoas também têm trocado a Agricultura para vir para a cidade?
Lealzinho – Visitando o interior, estamos escutando que isso está mudando. Os jovens estão voltando para a Agricultura. Nos próximos dias iremos receber o censo agrícola feito pelo IBGE, que nos mostrará oficialmente esta resposta.
DAQUI – Com relação aos animais soltos nas ruas do município, quais tem sido as ações da secretaria?
Lealzinho – Com relação aos animais de grande porte soltos, que basicamente são equinos, a pessoa faz uma denúncia pelo telefone 3263-1133 ou pode ligar para o secretário no (48) 99105-5369 para que a equipe vá fazer o recolhimento deste animal. Os funcionários, acompanhados da veterinária, analisam o animal para ver se é preciso medicar, transportam até a secretaria de Agricultura e fica aqui enquanto tentamos localizar o dono do animal. É feito uma advertência e se não aparecer o proprietário, esse animal permanece aqui. Estamos vendo a questão jurídica para fazer um leilão já que o dono não apareceu.
DAQUI – O Meio Ambiente, além de ações fiscalizatórias, o que tem sido feito para a conscientização das pessoas?
Lealzinho – Começamos a fazer um projeto piloto na escola do Campo Novo, em parceria com a secretaria de Educação, para fazer a reciclagem de todos os resíduos daquela escola. Queremos que as crianças entendam a importância da coleta seletiva, que hoje passa por todo município. Queremos que lá seja feito também a compostagem, para o aproveitamento do material orgânico. Vamos iniciar nos próximos meses. Além disso estamos desenvolvendo atividades como a feira de mudas frutíferas, que vai retornar ao nosso pavilhão na secretaria de Agricultura, e temos também o nosso viveiro de mudas.
DAQUI – Há reclamação de que a secretaria não tem ações voltadas para a Pesca. O que se planeja para esta área?
Lealzinho – Na semana passada fizemos um projeto junto com o Comitê da Bacia, o InforMar, onde divulgamos a pesquisa que foi feita com 100 pescadores da nossa costa, entre eles, 25 de Tijucas. Eles relataram quais necessidades, quais preocupações e todo o relatório de como está a pesca artesanal. Nós sabemos da grande necessidade deles e estamos tentando, junto à Colônia de Pescadores, colocar o mínimo de estrutura. Queremos colocar mais serviços, com o auxílio da Epagri. Estamos também tentando contratar um engenheiro de águas para desenvolver a pesca em cativeiro. Já iniciamos algumas experiências, mas ainda não é oficial.
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