É difícil aceitar a morte. Ainda mais quando envolve jovens, com todo o futuro pela frente e ainda cheios de sonhos e planos. Foi triste acordar, no sábado, com a pesarosa notícia de que um acidente na SC-410 – mais um acidente na rodovia que já viu tantas vidas se perderem – resultou na morte de três jovens.
Naturalmente as pessoas já procuram culpados ou razões para justificar a tragédia. Mas soava ainda mais dolorido ouvir que uma das vítimas estava a caminho do trabalho, quase chegando no lugar em que garantia o seu ganha-pão. E doía ainda mais quando se completava a informação de que as outras duas vítimas fatais eram irmãs e que vinham de uma peregrinação religiosa, tão tradicional na nossa região pela Sexta-feira Santa. Não dá para entender. Apenas sentir a dor do outro e rezar pelo conforto dos familiares e amigos.
Mas há também o caso de indignação, aquele em que fica evidente que a tragédia poderia ser evitada. E isto aconteceu um dia depois das três mortes em Tijucas. Uma outra jovem trabalhadora é arrastada por um carro que estaria sendo conduzido por um motorista alcoolizado, em Itapema, preso em flagrante e solto horas depois ao pagar a fiança.
Até quando trataremos como algo “normal” arriscar a vida do outro (e mesmo a própria) com a falta de responsabilidade no volante? No caso de Itapema, familiares e amigos se reunirão no domingo à tarde, em manifesto contra a impunidade. Não há fiança que apague a irresponsabilidade e devolva a vida de quem se foi. Sejamos mais responsáveis!
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