Quem puder ajudar, Wesley mora na rua José Carioca dos Santos, 220 – casa 6, no bairro XV de Novembro, em Tijucas. O Telefone da mãe é o (48) 99689-4036
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
Imagine você ver seu filho dar os primeiros passos, aprender a falar, ir para a escolinha e, de repente, perder tudo isso. Precisar recomeçar aos três anos de idade. Foi o que aconteceu com Alexandra Neves, 23 anos. Mãe de três filhos, há cinco meses luta com o caçula, Wesley, para que volte a andar, falar e brincar como qualquer criança da idade dele.
Com apenas três meses de vida, Wesley começou a convulsionar. Entre idas e vindas para o Hospital Infantil, em Florianópolis, chegou a registrar mais de 100 internações, sempre pelo mesmo motivo: convulsões. E nunca se descobria a causa. Com um filho doente, e outros dois pequenos, Alexandra e o marido, que trabalha como pedreiro, resolveram deixar Tijucas para se juntar a família dele no Paraná, onde não precisariam pagar aluguel.
“Mudamos para tentar sobreviver melhor. E foi lá que tudo aconteceu. No ano passado, o Wesley teve seis dias seguidos de convulsão. Foi internado, depois transferido para uma UTI”, relembra. Lá, o menino ficou 86 dias em coma. Teve várias infecções e paradas cardiorrespiratória. “Foi um susto muito grande, achamos que, quando ele acordou, voltaria a andar e falar normalmente. Foi aí que o médico nos explicou que poderia ter ficado alguma sequela”, conta a mãe. Sem conseguir respirar sozinho, Wesley precisou fazer uma traqueostomia – e até hoje permanece com a cânula do procedimento, enquanto não realiza exames que deem a certeza de que já consegue respirar sozinho.
Após todo o susto, voltaram para Tijucas. Aqui, recomeçaram o tratamento do menino: que toma inúmeros remédios, tem acompanhamento de fisioterapeuta e fonoaudiólogo, além de ir periodicamente para as consultas com neurologias e otorrinolaringologista no Hospital Infantil.
PRECISAM DE AJUDA
O pai trabalha de pedreiro. A mãe, não consegue trabalhar. Precisa ficar o tempo todo com o filho – que depende dela para tudo. Apesar de tudo ser muito recente, Wesley já demonstra progresso. Faz força para tentar sair da cadeirinha onde fica ou para tentar soltar alguma palavra, que acaba sendo impedida de sair por conta da traqueostomia.
“Tudo é muito difícil e toda ajuda é bem-vinda, principalmente com fraldas no tamanho extra G infantil, lenços umedecidos e demais produtos de higiene para ele”, apela Alexandra, que está cada dia mais confiante de que, logo, Wesley voltará a viver tudo que tem vontade: falar, brincar, correr e espalhar ainda mais alegria.
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